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Aumento do número de ISTs em Santa Catarina


Falar sobre a prevenção de ISTs pode parecer um assunto batido. Falamos sobre isso nas escolas em aulas de ciências e biologia, falamos sobre isso com médicos, falamos sobre isso com nossos pais e já estamos “carecas de saber”, sobre causas, formas de contaminação e prevenção. Nós poderíamos deixar esse assunto para lá, se os índices não mostrassem que os casos de sífilis, HIV e hepatite aumentaram em Santa Catarina nos último anos. Nesse caso fica claro, que precisamos ter essa conversa, mais uma vez. 

Antes de falarmos em índices e nos concentrarmos em formas de prevenção precisamos conversar sobre os termos. Talvez você esteja se perguntando porque falamos em IST e não DST. A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), passou a ser adotada, porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. As ISTs são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos e são transmitidas por meio do contato sexual sem o uso de preservativo com alguém infectado, da mãe para a criança durante a gestação, parto ou amamentação e por meio não sexual pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. 

A Organização Mundial da Saúde estima que em todo mundo a sífilis atinge mais de 12 milhões de pessoas. A infecção tem cura e é considerada um grave problema de saúde pública pelo aumento da ocorrência de casos. No estado de Santa Catarina, no ano passado foram notificados 12.138 novos casos de sífilis adquirida, um aumento de 35% em relação ao ano anterior, quando foram confirmados 8.848 novos casos. Em 2013 foram implantados no estado de Santa Catarina um sistema de testes rápidos e houve um aumento nos diagnósticos das infecções sexualmente transmissíveis. 

Santa Catarina é um dos estados mais afetados pela epidemia de AIDS no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2016 a taxa de detecção de AIDS é de 29,2 casos para cada 100 mil habitantes, quando no país o índice é de 18,5 para cada 100 mil habitantes. Mesmo que os números sejam preocupantes é válido ressaltar que em sete anos houve uma redução de 34% na taxa de detecção de novos casos no território catarinense. Esses dados fazem parte do boletim elaborado pelo Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Aproximadamente 38.413 pessoas convivem com o vírus do HIV no estado e em média dois mil casos novos são registrados por ano, sendo a maioria em pessoas do sexo masculino. Já os casos de Hepatite A aumentaram 38,8% nas mulheres catarinenses no ano de 2018. De acordo com dados do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde em 2017 o número de casos de Hepatite A era de 18 e passou para 25 em 2018. Entre os homens, os valores são mais elevados com 48 ocorrências em 2017, porém não tiveram aumento em 2018. 

A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar as ISTs. Em casos de contaminação o tratamento deve ser feito corretamente para evitar novas contaminações. O atendimento, diagnóstico e tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. 


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