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Doenças erradicadas ou problemas atuais?


Os programas de vacinação são fundamentais para a prevenção e erradicação de doenças. O sarampo e a poliomielite são duas doenças que voltaram a assombrar famílias do Brasil nos últimos dois anos. O que nos perguntamos é como doenças que já haviam sido erradicadas, voltam a fazer parte da realidade brasileira e se concentram principalmente nas áreas mais pobres do país? Os movimentos antivacina são grandes vilões na hora de combater doenças tão perigosas e que podem gerar sequelas tão graves.

No ano de 2016 o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde, o certificado de eliminação da circulação do vírus do Sarampo, doença está que por décadas foi uma das principais responsáveis pelo aumento da mortalidade infantil no país. Porém em 2018 a doença voltou com força total por conta da diminuição da cobertura de vacinação e dos movimentos antivacina. Segundo especialistas o sarampo não é a única doença que voltou ou pode voltar a preocupar a população, ela vem acompanhada da poliomielite, rubéola e difteria. 

Em 2018 o país registrou um surto da doença com mais de 10 mil casos confirmados e 12 mortes. De acordo com o Ministério da Saúde o estado mais afetado foi o Amazonas, com cerca de 9 mil casos. E você pensa que a doença afetou só o Brasil? Nada disso. A Organização Mundial da Saúde registrou um aumento de 30% de casos em todo o mundo.

O setor de saúde tem ficado alerta também para a volta da poliomielite, que apesar de não ter um caso confirmado no Brasil há mais de 20 anos, teve casos recentes na nossa  vizinha Venezuela, além de mais 23 países desde 2018. Além disso foram notificados surtos de difteria na Venezuela e no Haiti, nos últimos três anos.

Os movimentos antivacinas tem crescido muito em todo o mundo, a divulgação de notícias falsas que associam as vacinas ao autismo, por exemplo, ou que relacionam as vacinas ao enriquecimento da indústria farmacêutica, são muitas e isso faz com que as pessoas formem uma opinião, a disseminem e coloquem as suas vidas e dos demais em risco. Não confie em notícias que não tem uma fonte segura ou dados de pesquisa de instituições relacionadas a área da saúde. Se você quiser saber um pouco mais sobre a importância da vacinação infantil, aconselho que leia a matéria de capa: Nós dizemos sim! Um alerta sobre a vacinação (Edição 85 da Revista Êxito).

As campanhas de vacinação precisam ser intensificadas e colocadas em prática. Engana-se você que pensa que são apenas crianças que precisam se vacinar, fique atento a sua caderneta de vacinação e encaminhe-se a postos de saúde, afinal as vacinas são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde, são disponibilizadas cerca de 300 milhões de doses ao ano, distribuídas para todo o país. Os especialistas afirmam que a única forma de manter doenças erradicas no país é mantendo os níveis de vacinação altos, para que atinjam pelo menos 95% da população.

 

Larissa Lucian


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