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De coadjuvantes a protagonistas


Nela se planta, cultiva colhe. Carrega consigo um nome ressoante e representativo. É símbolo de força e estabilidade. A movimentação da economia começa por ela. A terra, pronome feminino, sinônimo de acolhimento e fortalecimento. Natural que a mãe terra ande de mãos dadas com suas filhas, vindas do campo e ganhando o mundo através da representatividade, virando protagonistas de grandes histórias de sucesso, mostrando que agricultura também é coisa de mulher.

 

Quando era criança gostava de ir na casa da minha avó e admirar a destreza com que ela cuidava das hortaliças, frutas, verduras e legumes que se espalhavam por toda horta. Ela sabia exatamente a época certa para plantar toda e qualquer coisa e até hoje cuida com zelo dela e gosta de trabalhar com a terra. Vê-se esse amor e cuidado pela beleza que carregam as roseiras da Dona Rosa.

No agronegócio é que o giro da economia começa. Ele representa um terço do PID brasileiro. O trabalho do campo, não é mais sinônimo de falta de oportunidades, escolha ou instrução. Nesse aspecto as mulheres vêm se tornando protagonistas nesse trabalho e estão tomando as rédeas dos negócios. O número de gestoras subiu para 30% fazendo com que participem ativamente do agronegócio e contribuam para o crescimento do mesmo. Além disso um dado importante da ONU, mostra que 43% das mulheres são representadas na agricultura familiar. No Brasil 50% da agricultura familiar é chefiada por mulheres que fazem atuação alta no mercado e estão espalhadas em lavouras, comunidades quilombolas e indígenas e reservas extrativistas.

Deixaram de ser secundárias no trabalho no campo. Ingressaram nas unidades especializaram-se no trato e cultivo da terra e cuidado com os animais e conquistaram espaço. Sendo responsáveis na agricultura familiar plantando produtos, investindo e produzindo novas tecnologias, gerenciando equipes.

Das mulheres inseridas no agronegócio 73% trabalham em propriedades rurais, 4% em cooperativas, 10% são profissionais liberais e 13% em outras áreas. 49,5% atua em minifúndios, 26,1 em grandes propriedades, 13,5 em médias propriedades e 10,9% pequenas propriedades.

Levando em conta a representatividade das mulheres no agronegócio, é considerável o número de 59,2% mulheres que são proprietárias ou sócias em propriedades rurais, 30,5% são funcionárias e 10,3 atuam em outras áreas da agricultura. Parte dessas mulheres herdaram as propriedades que são gestoras e deram continuidade aos negócios. Com as terras elas assumiram também responsabilidades e a missão de fazer o negócio continuar, assim como encontraram o desafio de se impor e mostrar que são capazes em um negócio considerado masculino. Das mulheres inseridas no agronegócio, 44,2% indicam que o preconceito é evidente, 30% dizem que acontece sutilmente e 25,8% nunca o perceberam. Precisamos quebrar paradigmas. Quem sabe gerir uma família e uma casa (tendo isso como trabalho não remunerado, que ocupa pouco mais de 30% das horas semanais da vida de uma mulher), sabe gerir um negócio com responsabilidade e competência. Os cargos devem ser conquistados por mérito e dar espaço é válido, a união das mulheres do agronegócio tem feito melhorias e empoderando muitas outras mulheres. É preciso que todos trabalhem juntos, sem separativismo. Onde existe união, existe trabalho bem feito.


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