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O amor começa pela responsabilidade


 

Crescemos cercados pelas pessoas, que nos rodeiam sobre uma visão de mundo e vão moldando nosso caráter. As pessoas entram em nossa vida e saem à medida que temos ou não assuntos interessantes em comum. Nessas entradas e saídas no envolvemos, nos apaixonamos ou confidenciamos nossos segredos. Quando as pessoas partem, nós sofremos e sempre acreditamos ter culpa sobre isso, porque entre tudo que nos ensinaram, esqueceram da responsabilidade emocional.

 

Estava eu escutando uma amiga me contar sobre seu novo amor e me pedindo alguns conselhos. Já acho bizarro as pessoas pedirem conselhos a alguém que tem uma vida amorosa pavorosa, mas fazer o que. Se ela confia em mim a esse ponto, disposta estou. Levaram esse “romance” por algum tempo, com ele fazendo ela se sentir a pessoas mais incrível do mundo, mesmo que não tivessem um relacionamento sério. Foi quando ele apareceu namorando outra pessoa. O mundo da minha amiga caiu e eu estava ali para ir juntando os caquinhos dela, quando ela me disse: “Pois é, somos responsáveis pelas expectativas que criamos, agora eu que lide com isso”. Fiquei com uma certa raiva e pensei: “Que patifaria. Quem inventou isso? Só pode ser conversa fiada, de alguém que fez o outro se apaixonar e depois caiu fora e fez o outro se sentir responsável por ter se envolvido. Que deselegante brincar com os sentimentos dos outros e ainda por cima sair de “bonzão!”

Vivemos em uma era rápida, que nos permite relacionamentos com pessoas do mundo todo. Essa facilidade acabou banalizando as relações. Tudo é muito fácil, mas acabou tornando-se muito complexo. As pessoas desaprenderam a sensação de estarem juntas, trocarem olhares, sentirem-se e respeitarem-se. Tudo parece ser permitido e os joguinhos de interesse estão em alta. Mas nunca foi e nunca será justo brincar com os sentimentos dos outros e como aprendemos isso?

Primeiro tendo senso de auto responsabilidade emocional, assumindo para nós mesmo que nossas emoções não são de inteira responsabilidade do outro. Se ele lhe magoou é preciso exercitar o perdão para consigo mesmo e com ele. O processo é lento, mas faz bem quando conquistado. Antes de entrar em qualquer relação é preciso conhecer a si mesmo e seus limites emocionais.

Agora temos o outro lado. Você não pode se culpar pelo que sente se o outro não foi claro sobre suas intenções. Não podemos jogar com os sentimentos dos outros, fazer a pessoa se envolver se não temos a intenção de corresponder. Tudo bem se você não se apaixonou, se você não considera que aquela pessoa seja a certa para ti a até se tem outras prioridades no momento, mas seja claro, diga o que sente e o que espera. O outro não tem como adivinhar se você não for o mais franco possível. Joguinhos não tem graça e no final alguém sempre acaba machucado. Seja responsável com o que desperta dentro do coração do outro. Não é justo chegar, se acomodar e depois transformar tudo em caos, só sendo covarde e indo embora. Nós não precisamos fazer com que as relações sejam um martírio, elas são para serem prazerosas e agradáveis, onde o respeito e a admiração prevaleçam. Não seja o tipo de pessoa que faz buracos incuráveis no coração de alguém, que mexe com sua autoestima e faz ela nunca mais confiar em alguém de novo, não seja o responsável por gerar dentro da cabeça de alguém a sensação de que ele não merece ser amado. Seja responsável, pelo seu coração e pelo dos outros.

 


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