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Emoção e alimentação


O vínculo entre emoção e alimentação é mais importante do que pensamos. O que comemos afeta a forma como nos sentimos, assim como o que sentimos afeta nossa maneira de comer. A alimentação adequada é uma grande ajuda para alcançar equilíbrio entre corpo e mente saudável. As emoções não são a causa do excesso de peso, mas sim a maneira como as gerenciamos e enfrentamos os fatores que influenciaram no excesso de peso.

As pessoas desenvolvem diferentes comportamentos como respostas as suas emoções dependendo de diversos fatores, como o ambiente onde vivem, a sua formação e a sua capacidade de identificar e gerenciar os seus sentimentos. Como resultado, conseguem controlar o seu peso ou não. As emoções e os comportamentos afetam as decisões nutricionais, como a quantidade, tipo de alimento e o número de refeições. Em alguns momentos, acreditamos que comer nos salvará das emoções negativas. Este pensamento reforça o vínculo entre emoção e alimentação, levando-nos a um círculo viciado.

Sanchez e Pontos (2012) relataram que o vínculo entre emoção e alimentação é mais forte nas pessoas obesas e naquelas que fazem dieta do que nas pessoas magras e naquela que não fazem dieta. Cooper e outros autores (1998) nos dizem que a dificuldade na regulação dos estados de humor negativos tem uma grande influência no aparecimento e manutenção dos transtornos alimentares. Transtorno de ansiedade, do pânico, dificuldade para dormir, transtorno obsessivo compulsivo e outros, estão diretamente relacionadas às nossas emoções comportamentais e alimentação.

Os nutrientes formam os neurotransmissores que, por sua vez, agem sobre nossos sentimentos e podem interferir na maneira como nos comportamos. O sentimento de felicidade, por exemplo, está relacionado com o hormônio serotonina. Quanto mais serotonina for produzida, mais feliz e alegre o indivíduo está. Já a falta de serotonina causa diferentes efeitos negativos sobre o organismo, como a angústia, tristeza ou a irritabilidade. Existe um aminoácido, chamado triptofano, que é precursor de serotonina. Quando o corpo não produz triptofano, podemos consegui-lo através da alimentação equilibrada. Porém, quando o organismo esta inflamado, seja por excesso de peso, má alimentação, mal funcionamento intestinal, excesso de toxinas, etc, todo o processo de transformação de triptofano em serotonina é prejudicado.

Dessa forma, é possível, através da nutrição auxiliar no tratamento da depressão e demais doenças de cunho emocional. Inicia-se o processo tratando a inflamação e na sequência, oferta-se uma dieta contendo todos os nutrientes necessários para a adequada produção dos neurotransmissores. Magnésio, vitamina B6, zinco, vitamina A, vitaminas D e C são essenciais nesse processo. A suplementação dos mesmos pode ser recomendada por um bom profissional, mas uma alimentação balanceada, rica em cereais integrais, vegetais verdes escuros, frutas e oleaginosas, acompanhados de banhos de sol regulares, podem suprir a necessidade, reduzir a ansiedade e influir positivamente na atitude que adotamos diante dos problemas.

Quando optamos por ingerir mais comida de verdade, menos industrializados, maior variedade e equilíbrio alimentar, estamos dando ao nosso organismo a chance de adoecer menos e viver com mais qualidade. Já dizia Hipócrates (460-377 a.C): “Que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja o seu remédio”.

 


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