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Quem vou ser quando crescer?


Essa pergunta não é de difícil resposta na infância. Se havia algo que eu sabia é que quando crescemos viramos “gente grande” e por gente grande entende-se gente alta ou baixa, gorda ou magra, preta ou banca, parda ou cabocla, loura ou morena, ruiva ou colorida, mas que possui o que uma parente chamava de juventude acumulada.  

Por vezes, olharemos para o tempo e veremos que por cima da máscara já fomos alunos, professores, costureiras, agricultores, pessoas que conectam cabos, pessoas que fazem o que ninguém mais consegue entender, ou até mesmo aquelas que fazem “Aquilo lá com que você trabalha”. Veremos que uma única pessoa pode ser tudo isso porque o ser humano mais sabe fazer é se adaptar. Nos adaptamos à vida na secura do deserto e na umidade da floresta como formas evoluídas dos macacos ou criações celestiais, como você preferir.

Existem formas evoluídas de macaco, em especial, que todos concordaremos que são maravilhosas. Elas se chamam filhos. Mas algumas famílias possuem um desafio a mais. Elas têm filhos com diabetes tipo I. É exatamente aquela que precisa de insulina diariamente e uma série de cuidados. É exatamente aquela que você não quer que o se filho tenha porque é aquela doença que não tem cura e que coloca a vida em risco. É um impeditivo para projetar a passagem do tempo, salvo se houver apoio, salvo se houver conhecimento.

E felizmente existe. Existem batalhas maiores do que aquelas travadas pela pátria: são as lutas diárias contra aquilo que não tem cura. Depois do controle adequado, tendo aquilo que ameaça a vida sob domínio, vai ser bem mais fácil virar gente grande.


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