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Religiosidade e arte - Giovana Castanheira Bazeggio


Com certeza você já se encantou com alguma igreja internacional, seja por sua história, aspectos arquitetônicos ou arte presente nos ícones e detalhes internos. Ao se interessar pelo assunto, pode-se encontrar excelentes exemplos dessa arte em outras regiões do país. Mas você já observou a beleza das nossas igrejas e igrejinhas do interior? Giovana Castanheira Bazeggio observou, se encantou e transformou a arte sagrada em um livro. Em entrevista à Êxito, a autora explica como tudo aconteceu.

Como você despertou para escrever sobre a arte e a religiosidade do interior de Caçador?

  No primeiro momento surgiu a ideia de fazer uma pesquisa do FAP (Fundo de Apoio a Pesquisa), pois estava cursando Artes Visuais e precisava de um tema. Também estava estudando a matéria de História da Arte cujo foco eram as monumentais construções de catedrais. Toda essa exuberância me chamava atenção, não somente pela beleza, mas pelo que representavam para seus fiéis, as artes sacras eram utilizadas para catequizar e representar devoção e adoração a Deus. A religião foi de suma importância para o desenvolvimento da arte. É a fé que mobiliza as pessoas a frequentar capelas e igrejas, não se atendo a admirar a beleza que as cerca através de imagens, pinturas ou construções, pois nossos sentidos captam aquilo que nos interessa. Talvez por esse motivo decidi fazer essa pesquisa, pois o que me interessava dentro das igrejas eram seus vitrais, imagens e como eram feitas e não tanto o que era dito durante as celebrações.

Foi então que lembrei da minha infância, quando visitava algumas capelas do interior de Caçador. Percebi que guardavam muita história que merecia ser estudada e registrada para que várias pessoas pudessem conhecer e reconhecer a arte popular dos caboclos ou dos imigrantes que se instalaram nas localidades do interior e cuja participação foi tão importante para o crescimento da nossa região, pois trouxeram suas culturas e devoções. A pesquisa se deu no segundo semestre de 2005 e foi apresentada à comunidade em forma de exposição de fotos em fevereiro de 2006 no Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado. Essa pesquisa só se tranformou em livro seis anos após sua finalização, graças ao incentivo da Editora UNIARP, com o apoio do reitor, na época o Prof. Pós-Dr. Adelcio Machado dos Santos, e também a equipe técnica.

 

O que os leitores encontrarão no livro?

No livro constam dados cadastrais de 26 capelas do interior do município de Caçador, pertencentes à Diocese de Caçador, com fotos documentando diversas imagens sacras e espaços litúrgicos, além de um breve apanhado da história de cada capela: como surgiu, porque foi construída, origem de algumas imagens e porque foram adquiridas. São aspectos interessantes que permitem um entendimento, não apenas dos hábitos religiosos daquelas populações, mas a amplitude social, política e artística que envolve toda a comunidade.

 

Podemos esperar outros lançamentos?

Além desse livro, em 2016 foi lançado o livro Avelino Bragagnolo “Um caminho de persistência, coragem, determinação e sucesso”, onde trabalhei em toda a execução, ouvindo e transcrevendo relatos da vida desse importante empresário do ramo madeireiro. E em 2020 vamos registrar em livro os 20 anos de fundação da AMAR – Associação Maria Rosa, uma instituição que trabalha em prol das mulheres vítimas de violência de Caçador e região, mantém um abrigo para que essas mulheres tenham apoio, e desde 2018 assumiu o Lar do Idoso - Casa Lar São José, que abriga 10 pessoas encaminhadas judicialmente.


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