Permitir Cookies

Este site utiliza cookies para melhorar a experiência do usuário. Veja nossa Política de Privacidade


Logística: investimento para reduzir custos


     Muito mais do que um caminhão rodando pela estrada. Atualmente, a logística influencia diretamente as decisões administrativas e os investimentos. Seja em um ou mais modais, a robustez do setor justifica um olhar mais atento.

     O cenário econômico atual é caracterizado pelas movimentações dos mercados, o que obriga as empresas a alinhar suas atividades para manter a competitividade e uma vantagem sustentável. O que se vê são empresas direcionando o foco da sua gestão estratégica para a melhoria dos processos funcionais. Pesquisas dos anos 1990 já indicavam possibilidades de melhorar a eficiência e a eficácia organizacional através da logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos. A análise de custos também passou por uma evolução e, mais importante ainda, uma adaptação prática para melhor compreender e gerir os custos logísticos empresariais. Estudos mais recentes indicam o modelo de custos totais como uma das ferramentas para estruturar este gerenciamento.

capa4

 

Mas antes de chegar lá, não custa relembrar o leitor que a logística vem da necessidade de levar produtos até seu local de comercialização ou consumo, muitas vezes ocorrendo em âmbitos diversificados. Suas atividades representam o elo entre os locais de produção e os mercados, abrangendo a gestão da cadeia de suprimentos em busca de um melhor posicionamento estratégico e de mais eficiência operacional.

 

     No Brasil, a logística se desenvolveu de forma semelhante aos EUA. É claro que temos defasagens em relação ao nível de avanço do processo, mas de modo geral conseguimos aumentar as operações dos anos 1950 em diante usando novas formas de produção e transporte. O crescimento econômico, os investimentos na indústria automobilística e a construção de rodovias nos anos 1950 e 1960 mantiveram os olhos do setor logístico voltado apenas para o transporte. Progressivamente, este olhar mudou para se transformar em uma nova área do conhecimento, a logística empresarial que busca uma vantagem competitiva no gerenciamento logístico. Isto porque a logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos ganham cada vez mais relevância no âmbito da eficácia organizacional, no aumento da lucratividade e na sustentabilidade das posições competitivas. 

     Se falamos sobre vantagem competitiva, voltamos a Michael Porter. Para o autor americano, a vantagem competitiva de uma empresa pode vir através da diferenciação (quando o seu produto é diferenciado e atende clientes com necessidades específicas) ou dos custos (quando o foco da gestão está na redução de custos sem comprometer a lucratividade ou a qualidade do serviço). Ao inserir a logística na gestão estratégica, pode-se pensar em vantagens de dois tipos:

Vantagem

Ações do gerenciamento logístico

Vantagem por diferenciação

·        Oferecer serviços personalizados com políticas de entrega diferentes e canais de distribuição que atendam as exigências dos clientes;

·        Aprimorar o relacionamento com os clientes para compreender e satisfazer suas necessidades através de canais de comunicação eficientes;

·        Melhorar o desempenho dos fornecedores para obter serviços mais eficazes.

Vantagem em custos

·        Elevar a produtividade com ações de suporte à produção através de uma logística interna eficiente e adequada;

·        Melhorar a utilização da capacidade produtiva;

·        Reduzir estoques a partir de um planejamento de produção adequado;

·        Promover maior integração com clientes e fornecedores por meio de sistemas capazes de melhorar o fluxo de informações para promover o reabastecimento contínuo.

 

     Do meio da década de 1970 em diante, na época do foco no cliente, a produtividade logística entrou em pauta. Na sequência, de 1980 a 2000, o foco foi direcionado para a gestão total da cadeia de suprimentos para atender as necessidades do cliente. Aí ganham força os conceitos de logística reversa e performance de processos e serviços oferecidos ao cliente para melhorar sua resposta à empresa. A partir dos anos 2000, pode-se identificar a formação de alianças empresariais para a execução de processos de forma conjunta e a abertura de novos canais de distribuição como o ecomerce.

capa1

 

Atualmente, quando se pensa em logística, pensa-se na gestão da cadeia de suprimentos, que vê os processos logísticos como os responsáveis pelo fluxo de materiais em toda a cadeia e que devem ser gerenciados para garantir resultados melhores, reduzir o desperdício e agregar valor, reduzindo os custos operacionais, acenando para a maior produtividade e para a elevação das exigências dos clientes.

 

     Quem pensou neste tópico com afinco foi a Pevemax. A indústria de EPI’s com sede em Videira possui linhas de produtos considerados essenciais direcionados para a cadeia alimentícia, área da saúde e outros segmentos, por isso precisa estar atenta a várias opções de transporte rodoviário, marítimo e aéreo para garantir a eficiência no fornecimento. De acordo com a empresa, a instabilidade global causa sofrimento para manter a logística com custos justos e uma das estratégias utilizadas pela Prevemax é partir da base com sólidas parcerias de terceirização para transportes, capazes de conduzir de forma alinhada e estruturada todas as suas necessidades. Desta forma, conduzem-se adequadamente os colaboradores, insumos, materiais acabados, entregas locais e até mesmo o transporte entre unidades nacionais, importações ou exportações através de um relacionamento sério, com muita confiança. Alem destas parcerias, outras foram firmadas com pontos de distribuição em estados com mais dificuldade de acesso ou custos de transporte muito elevados.

     Para além dos transportes, a busca pela gestão adequada da cadeia de suprimentos também inclui otimizações realizadas pelo setor de Compras, com insumos, equipamentos, negociações de entrega com o fornecedor sem custo adicional de frete. No caso de o frete ser pago pela empresa, ocorrem negociações para o retorno da carga como forma de otimizar o custo. Assim, com parceiros de transportes em cada região do país, a Prevemax alinha cargas otimizadas, com idas e retornos previamente estruturados com cargas e crossdocking.

 

Por dentro dos termos

Crossdocking é um método de distribuição em que a mercadoria é recebida em um centro de distribuição e preparada para o carregamento ou distribuição o mais rápido possível. Em termos práticos, é uma ação diminui o tempo de espera pelo produto, pois a mercadoria não fica estocada.

 

     Na área de importações, a Prevemax conseguiu reduzir o custo do frete de matérias-primas com parcerias com grandes transportadoras e negociações para a entrega em portos como o de Itajaí. Já para os produtos acabados, busca negociar com os parceiros internacionais da América, Europa e Ásia através do modal marítimo.

capa4

 

     Com uma atuação tão expressiva que mistura importação, exportação e o atendimento do mercado interno, pareceria ilógico que a empresa não apontasse pontos de melhoria na logística nacional para redução de custos. Segundo a Prevemax, os desafios estão na elaboração de estratégias diferentes para cada ponto, já que caias de venda diferentes exigem posturas diferentes. Nesta hora, o bom empresário já percebeu que não pode direcionar seus esforços para um único tipo de vantagem competitiva – é preciso buscar todos eles. A Prevemax sabe disso, por isso permite que seus clientes adquiram grandes cargas fechadas ou fracionadas, com pequenos volumes, que exigem transportes mais delicados. Nas negociações internacionais, possui parcerias em diferentes países para desenvolvimento de produtos, despachantes aduaneiros e transportadoras internacionais para conseguir as melhores condições para aportar os produtos no Brasil.

     Tendo como diferencial competitivo o foco na melhor entrega, a Prevemax customiza e personaliza suas cargas e embalagens das mercadorias de acordo com as necessidades do cliente, além de realizar o videomonitoramento e o rastreamento das separações e embarques dos materiais expedidos, garantindo segurança nos processos e no material enviado. Ao invés de investir em uma frota de caminhões próprios, a empresa investiu em um sistema para gestão de informações e acompanhamentos para rastreio de mercadorias. O investimento no Sistemas de Gestão e Logística aconteceu em 2021 e ultrapassou os R$ 600 mil.

 

Se a sua empresa não tem um montante como este para investir, não se desespere. Saúde 2022 com uma nova postura de gerenciamento de custos priorizando a logística com as ferramentas que têm disponíveis. Aproveite o último mês do ano para trocar ideias com outros empresários e empreendedores sobre suas operações e gerenciamento. Conheça os Centros de Inovação locais e fale abertamente sobre seus gargalos. Você pode se surpreender com os resultados.

capa4


Matérias Relacionadas
COMENTÁRIOS

Permitir Cookies

Este site utiliza cookies para melhorar a experiência do usuário. Veja nossa Política de Privacidade